Se observarmos as respirações, observamos o elemento ar. A respiração te conecta com o infinito de possibilidades que a sua alma pode alcançar. Primeiramente, afino o meu instrumento (corpo) através do canto para dar um sentimento real à música (alma) e ter as notas dentro de mim. Sai de uma esfera puramente técnica, mas é dessa esfera em que a técnica se produz. É onde eu posso transgredir os próprios limites das regras teóricas, dos conceitos tonais, deixando a melodia “sem amarras”, indo para uma terra desconhecida. Como a respiração que conduz a meditação.
Caminhos que talvez a teoria (pensamentos) diria: isso pode, isso não pode.
Para estimular a criação através do elemento ar, começo a andar cantando melodias. A princípio tudo muito abstrato mas no decorrer do processo vou cantando, colhendo e repetindo, repetindo até criar um formato, ficar orgânico, ficar fluido. Gravo. A melodia vem do lugar em que estou, como um retrato de como me sinto naquele momento. Triste, alegre, confuso, eufórico…tudo é movimento e tudo pode se transmutar em música.
Não posso depender da tal “inspiração” para criar, é como o ato de comer, respirar, andar…
Assistir a espetáculos, fazer contatos. Arejar a mente com novas ideias, manter o ato de comunicação, pensar outros caminhos em que não estou acostumado, é sempre necessária a oportunidade para a transgressão: experimentar coisas, formações inusitadas, conectar com outros lugares do mundo, fazer pontes, conexões, investigações… não se permitir ficar no lugar é estar grávido do elemento ar.
Ver e ouvir Victor Pessoa Bezerra
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