Não é tarefa fácil entender de onde nascem as ideias. Imagino que são fragmentos de estrelas perdidas rondando galáxias remotas e constelações. São órbitas do elemento fogo: as dúvidas, as inquietações, as observações e as percepções, fagulhas que habitam meu universo interior.
Há o fogo-centelha que acende as ideias, um pressuposto diário de introspecção sobre o qual a arte se manifesta. Ela diz para onde quer ir e aponta o caminho, o sentido traz seu nascedouro na chama da essência. A idéia pode vir de qualquer lugar, o fogo é a intuição determinando o que se quer ser. Quando a chama se acende, vai se criando o primeiro movimento, o primeiro pensamento e tudo vai criando forma num espaço vazio.
A partir desse estímulo, o fogo da minha criação necessita de novos acasalamentos artísticos: poemas, contos, filmes, quadros…tudo vira matéria prima para ser o embrião da música. O importante é “preparar o terreno”, isto é, deixar a alma leve para o sensível. Estar atento aos caminhos do sentir. Acho que sentir é o que move o ser humano. Sentir é o que mais nos aproxima do criar.
O elemento fogo é, sobretudo, a consciência que me faz ser músico. Ser humano acima de tudo, sabendo sentir as notas e as pessoas.
A música, sem dúvida, eleva o nível de uma consciência coletiva.
Esse é o sentido, o saber lidar com o universo do “invisível”, do “inimaginável”, do “inalcançável” o tempo todo. Lidar com a forma mais bonita e encantadora da vida, que é o mistério.
A música exprime a verdade sobre o ser humano.
Precisamos explorar os sons que (re)existem dentro de nós.
O fogo é o sentido dos sons.
Salve
Hermetos, Egbertos, Hancocks, Gonzagas, Pixinguinhas…
e tantos outros iluminados
que mantém aceso o fogo das ideias.
Ver e ouvir Victor Pessoa Bezerra
Ir para Ando cantando melodias Elemento #sentido Dinergia: a sinergia dos opostos #Elementos sociocriativos Sobre o almanaque Como ler? Inteligência sociocriativa